4.6.10

A criação de novos espaços de convivência

A sociedade, diante das transformações implementadas pela cultura pós-moderna, progressivamente foi deixando o viés disciplinar, onde o papel do pai era importante, para um modelo de sociedade de controle. Neste sistema, lembrou Gelson, utilizando-se do conhecimento de Gilles Deleuse, os pais estão se valendo de mecanismos como a televisão, o computador, os shopping centers (foto) como controladores dos filhos. 
O pai, segundo ele,  relega o seu papel, muitas vezes se confundindo com os próprios filhos. "Os pais esqueceram que são pais, perderam seus papéis, e, em muitos casos, querem competir com seus próprios filhos". 
Conforme Gélson, o pai perdeu a noção da  realidade. "Acredita que será jovem eternamente".
Diante deste panorama de afrouxamento dos adultos, que se omitem, o jovem se sente num mundo de completa ausência de norma de conduta, de falta de lei. O fenômeno, denominado Anomia, refere-se à falta de lei, à ausência de norma, vigente nos tempos atuais a partir da omissão da figura paterna e da consequente falta de limites. 
Um outro  reflexo destacado pelo palestrante é a juvenilização do homem. Disse que as mudanças confundiram a cabeça do homem, que se encontra cada vez mais infantil.
“Perdemos a noção de nós mesmos”, afirmou Gélson, lembrando que é necessário que o indivíduo abandone o culto à velocidade, ao prazer momentâneo, voltando a valorizar a família. Além disso, é preciso que se dediquem generosos espaços  ao diálogo e que sejam feitos investimentos no resgate das relações familiares.  Destacou, ainda, que, emergencialmente, as pessoas devem criar novos espaços de existência, especialmente dentro do seu  próprio ambiente familiar. “O diálogo é fundamental”, concluiu.

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