Uma nova pedagogia para as crianças da Nova Era
Desde há alguns anos para cá as crianças apresentam uma evolução gigante: nascem mais inteligentes, aprendem mais facilmente e dominam a tecnologia em geral, principalmente computadores. Por estes motivos a escola tradicional é, às vezes, um aborrecimento para elas.
São inteligentes, intuitivas, sensíveis, com bastante energia, com tendência hiperativa, perceptivas, muito criativas, dotadas de inteligência espiritual e ligadas ao Universo e às Leis da Natureza. Com uma percepção e consciência maior do quem são, já sabem desde pequenos lutar por ideais, como aquela menina canadense que calou os líderes mundiais na reunião da ONU com seu discurso ambientalista e sobre a atual e fracassada distribuição de renda no mundo, que causa a morte de milhares de pessoas de fome diariamente, na total miséria.
Precursores
Não aceitam sistemas tradicionalistas, autoritarismos, injustiças, corrupção e mentiras. Apontam o dedo contra todos nós que ainda vivemos em hipocrisias, pois falamos uma coisa e fizemos outra. Não aceitam o “não” e alguma regra ou condição se não tiver uma boa explicação. Não se acanham em fazer questionamentos para poderem entender algum sistema ou convenção. Aliás, são ótimos “destruidores de sistemas”, geralmente ensinando maneiras novas, mais rápidas e mais práticas de se conseguir um mesmo objetivo. Muitas vezes são precursores de algo novo e, com isso, sofrem com os tradicionalistas, que pensam que já sabem tudo. Têm dificuldades com os relacionamentos, com quem pensa diferente deles e, muitas vezes isolam-se, pois, sentem-se incompreendidos. Buscar a disciplina com eles através da culpa ou tentando incutir o medo não funciona, no estilo “-Você vai ver quando seu pai chegar!”. É nessa hora que a escola deixa de ser uma experiência boa para elas e os problemas sociais aparecem.
Nova demanda
Portanto, é imprescindível que nós, como pais, educadores e professores tenhamos que nos adaptarmos para atender a essa nova demanda. Como não podem desenvolver seu grande potencial apenas por si mesmo, precisam muito do apoio de todos nós. Necessitam ser aceitos mesmo tão diferentes, e é bom que saibam que são polêmicos às vezes, mas, que estamos tentando nos adaptar ao que é novo para nós também. Sem mais sistemas autoritários ou penalidades, a nossa função é orientar e chamá-los para a reflexão e coerência de seus atos, fazendo com que ele mesmo aprenda com seus passos e acerte o caminho, tornando-o responsável e merecedor de seu próprio destino. Aí chegarão ao autoconhecimento.
Pedagogia de Valores
É para sentir-se aceito e amado que propomos a Pedagogia de Valores como o sistema mais apropriado para o seu desenvolvimento. Não querer adaptar-se a essa nova criança e/ou adolescente, é obrigá-la a viver num meio instável e insatisfatório.
Precisamos ensiná-los a olhar para a vida de um modo positivo, mos-trando o lado bom das coisas e das pessoas, ao contrário dos aspectos bai-xos e negativos que a mídia insiste em mostrar como se fosse a única realidade humana. Precisamos confiar na pureza de suas intenções e ter firmeza na hora de ressaltar a beleza dos valores humanos, que Jesus quis nos ensinar há muito tempo atrás; ensiná-los a não se preocupar exageradamente com o futuro e conservar em seu coração valores de paz, alegria e justiça; treiná-los a não entrar em faixas de energia inadequadas, negativas; ensinar-lhes a meditar e perguntar a Deus: “o que quer que eu saiba?”; ensinar-lhe que todo o problema que ele tem hoje foi criado por ele mesmo e que ele mesmo tem o poder de solucioná-lo; ensiná-los que as crises são oportunidades de transformação, muitas vezes para que se instale a justiça coletiva.
Somente assim estaremos contribuindo com a instalação da paz que queremos ver no mundo.
Mas como ensinar valores?
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