O que se deve entender por lei natural?
- A lei natural é a lei de Deus; é a única necessária à felicidade do homem; ela lhe indica o que ele deve fazer ou não fazer e ele só se torna infeliz porque dela se afasta.
O Livro dos Espíritos – Pergunta 614
Na Física estuda-se a Lei da Ação e Reação, ou a Terceira Lei de Newton, a qual se enuncia: Se um corpo A aplicar uma força sobre um corpo B, receberá deste uma força de mesma intensidade, mesma direção e sentido oposto à força que aplicou em B.
O que permite concluir que na natureza não existem forças solitárias, e sim uma série de sistemas de compensação, onde uma força sempre encontrará uma outra na mesma direção e sentido oposto.
Budismo
Existe uma lei no universo que rege a tudo e a todos. Esta lei é a lei de causa e efeito (nam-myoho-rengue-kyo).
Tudo que acontece no mundo é regido pela lei de causa e efeito: os planetas, as galáxias, as pessoas, as pedras, cada átomo que existe no universo.
Doutrina Espírita
A Lei de causa e efeito é um dos princípios fundamentais da Doutrina Espírita para explicar as contingências ligadas à vida humana.
A todo ato da vida moral do homem corresponde uma reação semelhante dirigida a ele, criando-se, assim, algo similar ao "cosmos ininterrupto de retribuição ética", a que alude Weber (1864-1920), intelectual alemão e um dos fundadores da Sociologia, em sua obra Economia e Sociedade.
A Lei de causa e efeito dá uma explicação para os acontecimentos da vida atribuindo um "motivo justo" e uma "finalidade proveitosa" para todos os acontecimentos com que se depara o homem.
Contingência da própria caminhada que o espírito humano necessita seguir, a ignorância das Leis Divinas é causa fundamental dos males porque passa a Humanidade.
A nossa origem Divina de criação, como espíritos simples e ignorantes, de si e do Universo, já inicia a existência com as Leis impressas em nossa ainda incipiente consciência.
É ela que nos impulsiona a crescer, a caminhar rumo à luz, na experiência dos mecanismos Universais a que nos integramos e com o que não cessamos de interagir.
A inércia existencial é algo que não é permitido à individualidade que tem como única fatalidade o progresso.
“Encetando, pois, a sua iniciação no plano espiritual, de consciência desperta e responsável, o homem começa a penetrar na essência da lei de causa e efeito, encontrando em si mesmo os resultados enobre-cedores ou deprimentes das próprias ações.” – André Luiz.
Conscientes disso, não poderemos nos furtar a buscar, através da constante auto-análise, nas situações de desafio a que venhamos enfrentar, o consolo do entendimento.
Ainda que este entendimento nos traga mais dores, estas serão as dores redentoras, que apaziguarão nossas dúvidas e trarão, após a tempestade do enfrentamento, a bonança da reparação.
Através do entendimento de que somos espíritos eternos, com inúmeras existências na matéria densa, e que tanto nela quanto no plano espiritual, seremos sempre produto cumulativo de nossos atos, a busca pela causa terá cessado.
E a partir deste ponto, começa uma caminhada mais serena, à semelhança de viajante que vencendo penosa subida de uma montanha, descortina o caminho a prosseguir, do alto, e iluminado pelo sol da consciência.
Àquele que sabe que ao mais simples ato praticado ou pensamento que percorre nossa mente, nasce uma causa, uma força, se harmonizada com o universo, será trazido o rendimento da paz. Se destoante da Lei, retornará infalível cobrança em mesma moeda.
No estágio em que nos encontramos, acertar sempre é impossível.
Mas o simples fato de já termos a consciência desperta e a mente vigilante, podemos de pronto buscar reparar aquilo que sabemos virá em nosso encalce, ainda que em outra existência.
Deus nos faculta a tudo, pelo nosso livre arbítrio. E mais justamente ainda, nos faculta a possibilidade de reparar as faltas. E será tão mais recompensado aquele que tomar a iniciativa de buscar esta quitação.
“O erro é sombra que acompanha aquele que o pratica até que se dilua mediante a luz clara da reparação. (...)” – Bezerra de Menezes.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
Tormentos da Obsessão – Manoel Philomeno de Miranda
Wikipédia – pt.wikipedia.org
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