11.12.09

Como pode a Educação ser amiga de pais e filhos?


Todos sabemos que nós, como pais, somos os primeiros educadores, os primeiros modelos a serem seguidos pelos filhos. Devemos, então, dar o exemplo de como deve ser uma convivência familiar saudável. Temos que ensiná-los, através do exemplo, desde as coisas mais simples do dia a dia como valorizar a higiene física com o desenvolvimento de hábitos como tomar banho todos os dias, escovar os dentes; cuidar da higiene mental, escutando uma boa música, que não agrida aos ouvidos (e nem a moral), lendo bons livros, vendo bons filmes que ajudem a desenvolver o intelecto e a moral (menos tiroteios, menos assassinos sanguinários, menos perseguições violentas e menos exagero sensual).


Higiene social
Mas, e em relação à higiene social? Como ficam os afazeres da casa, se não os fizermos notar que é preciso que eles ajudem e colaborem com a organização e com a limpeza do ambiente onde, afinal, eles moram também? Se eles não nos ajudam, viveremos frustrados, os pais mais brigões do mundo e reclamões, porque não teremos tempo de cumprir com as nossas obrigações e estaremos sempre correndo, enquanto eles veem filmes ou desenhos ininterruptamente na TV, jogam videogames alucinantes ou conversam tantos e tantos assuntos inadiáveis na internet.

Carinho excessivo
Neste momento exemplo só não basta, porque eles nem enxergam o que estamos fazendo: limpando a sujeira dos animais da casa, lavando louça, varrendo, arrumando a bagunça, tirando a roupa do varal. Nesta hora é preciso delegar tarefas mesmo, manter horários para a disciplina e, não esmorecer na hora do choramingo. E, nada de recompensas ou premiações por isso! Tome cuidado! Dever é dever e pronto! Se teu filho faz e recebe elogios, depois ele vai se tornando seguro, que é tudo que nós pais queremos, não é verdade? Que ele possa andar por si só, que um dia não dependa mais de nós.
O espírito Néio Lucio em seu encantador livro “Mensagem do Pequeno Morto” registra que a afetividade apaixonante dos pais terrestres se reflete até na vida espiritual, quando os filhos desencarnam na fase infantil: “A maior parte dos meninos que chegam até aqui são sempre portadores de enraizados defeitos. Foram muitíssimo mal habituados em casa. Escravizaram-se ao carinho excessivo, ausentaram-se das pequenas responsabilidades e deveres que lhes competiam na organização familiar”.
A espiritualidade superior nos alerta para o mal do século: a ociosidade dos nossos jovens e a preguiça, tanto física quanto mental. Dados da OMS revelam que a depressão nos anos 2000 acometia pelo menos 6% da população e que, até 2020, deverá ser a segunda maior causa de mortandade no mundo, portanto devemos valorizar e ensinarmos os nossos filhos a valorizarem mais o tempo, que passa cada vez mais rápido.

O verdadeiro educador
A sabedoria milenar do Velho Testamento também nos esclarece acerca de alguns perigos, numa frase que merece ser destacada e obter muita meditação por parte dos educadores e dos próprios pais: “Adula o teu filho e ele te causará medo; brinca com ele e ele te causará desgostos” (Eclesiastes, 30.9).
Falamos aqui dos excessos, do protecionismo exagerado e a leviandade no trato com os sentimentos negativos dos filhos, que poderão fazer frutescer bem mais cedo a delinquência na personalidade deles. Como serão eles quando futuros pais ou apenas como donos de suas próprias casas?
O verdadeiro educador ensina a criança e o jovem a organizar-se enquanto se organiza. E aí todos ganham, um aprendendo com o outro.

Organização
A organização tem seu grande valor na esfera espiritual, aqui, da mesma forma, devemos aplicar pelo menos um pouco daquilo que aprendemos em nossa estadia por lá, não é mesmo? Então, vamos à luta... Trabalhemos juntos!
Um grande abraço, das evangelizadoras do DIJ!

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