11.9.10

O jovem espírita e o voluntariado

DIJ - Departamento da Infância e Juventude

Os jovens do século XXI continuam tão idealistas e dispostos a mudar o mundo quanto os dos anos 60. A diferença é que descobriram um caminho que não passa pela militância política: o do trabalho voluntário. O enfoque diferente tem explicações: o Brasil é uma democracia estável desde que eles nasceram; a visão ideológica bipolar desabou junto com o Muro de Berlim quando eram crianças e  o que viram nos últimos anos só aumentou a desilusão com o panorama político. 
Por outro lado, os jovens voluntários são movidos por três estímulos básicos: a vontade de ajudar a resolver os problemas e as desigualdades sociais do Brasil; o desejo de se sentir útil e valorizado; o interesse em fazer algo diferente no dia a dia.
Quando decidem ajudar, procuram os projetos que envolvem crianças carentes (os preferidos de um em cada três voluntários), os educacionais, como dar aulas de reforço, e os de meio ambiente. 
O caminho mais fácil para começar a fazer algum trabalho voluntário muitas vezes está na própria escola, mas, o caminho mais procurado ainda é pelas instituições religiosas, além das ONGs.
No Movimento Espírita não é diferente, pois vemos os jovens hoje numa iniciativa de reformularem velhos padrões, muitas vezes repetitivos e nem tão eficientes quanto à metodologia aplicada às nossas aulas e tra-balho. Por isso, o surgimento dos GPJs – Grupos de Programação Juvenil, que veio ao encontro com essa necessidade de inserirmos os jovens nas casas espíritas, com o intuito de renovação dessa metodologia, que deve estar em constante evolução.

O que é ser voluntário?  
O voluntário contemporâneo busca a eficiência do serviço a ser realizado, colaborando com a doação do seu tempo e do seu talento para qualificar a organização social no qual está inserido e assim, ajudá-la na sua missão. Este novo voluntário tenta provocar mudanças que conduzam à sustentabilidade, à autossuficiência da organização social, criando condições para o seu próprio desenvolvimento.
Ser voluntário é também uma escolha pessoal, como um hobby ou uma profissão. Do hobby, o voluntário traz o prazer, a alegria. Da profissão, traz a responsabilidade, o compromisso e a competência.
O voluntário tem a oportunidade de exercer a liberdade de escolha, a criatividade e o respeito á diversidade. Ser voluntário, na comunidade, cria oportunidades para aprender novas habilidades, fazer amizades e vivenciar experiências diferentes, num processo em que você muda o mundo e, o mundo muda você.
O voluntário é solidário, ajuda quem precisa, é ação direta de socorro, mas, também é reivindicar e lutar por uma causa. Ao estabelecer laços de solidariedade e confiança mútua protegemo-nos em tempos de crise.

Quem pode ser voluntário?
Toda pessoa maior de 14 anos, com vontade de doar tempo, conhecimento, amor e emoção em prol de sua comunidade. Todos podem ser voluntários, não apenas quem é “especialista” em alguma coisa. Todos podem participar e contribuir: o que cada um faz bem pode fazer bem a alguém. 
O que conta é a motivação solidária, o desejo de ajudar, o prazer de se sentir útil. Trabalho voluntário é uma via de mão dupla, ele doa e recebe – voluntariado não tem nada a ver com obrigação, com coisa chata, triste, com um sentimento de culpa. Voluntariado é uma experiência espontânea, alegre, prazerosa, gratificante. 


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