“Ainda que eu fale as línguas dos homens e até mesmo a língua dos anjos, se não tiver caridade, sou apenas como um metal que soa e um sino
que tine (...)”.- Paulo, 1ª Epístola aos Coríntios)
O Homem é um ser social, já nos disse Aristóteles, célebre filósofo grego, que viveu entre 384 e 322 A.C.
E nessa relação de sociedade cumpre-nos aprender, principalmente no seio familiar, a necessidade e o valor da boa convivência social como fator de realização, evolução e felicidade nos diversos contextos de nossa vida.
A família, como célula básica da sociedade humana, forja nosso caráter na convivência diária, buscando a sobrevivência, o conforto, o atendimento aos anseios e necessidades de todos os seus integrantes.
Como nos disse Neuza Scheffer, em sua palestra do dia 29 último, encerrando a 12ª Semana Espírita de Osório:
“Uma família bem resolvida é aquele que consegue lidar da melhor forma possível com suas contingências e desafios, mantendo a união de solidariedade na busca das soluções, partilhando as alegrias e os desconfortos com a mesma vontade de acertar”.
Já na família é que temos oportunidade de aprender as noções do trabalho voluntário, pois que o termo voluntário singifica “feito espontaneamente, por vontade própria, sem constrangimento ou obrigação”.
É na família que temos a oportunidade de transformar nossas ações, e muitas delas começam por necessidade ou obrigação, em ações de verdadeiro amor, nas quais desenvolvemos a capacidade de dedicar-nos aos nosso próximo mais próximo, o tempo e esforços com o prazer de servir sem esperar retorno.
Sabendo do valor dessa postura de vida, podemos facilmente deduzir o potencial que temos todos nós de servir à nossa grande família humana, aumentando ainda mais nosso círculo de influência positiva aos irmãos que necessitam de assistência.
O trabalho voluntário, agora abordado fora do círculo familiar, é campo de pós-graduação do curso que fomos aprendizes no seio familiar (e que ainda podemos estar em fase de conclusão).
No trabalho voluntário temos não só oportunidade de amparar irmãos carentes das mais diversas necessidades, mas também e principalmente campo para iluminar nossa vida, fornecendo-lhe um sentido maior, garantindo o verdadeiro pavimento do caminho para a felicidade.
Na ação voluntária pode-mos realizar nossas aspirações muitas vezes sufocadas pelas necessidades de sobrevivência e atendimento a outras contingências, que ora se mostram possíveis de realizarem-se e, vejam só, não apenas em benefício próprio, mas em benefício de outros que estão muito mais carentes que nós.
No trabalho voluntário, além da oportunidade de realização pessoal, pode ser um lenitivo para que outras atividades que estejamos a realizar por necessidade maior e que não nos agrade tanto, possam ser executadas de forma mais leve e produtiva.
No envolvimento com o trabalho voluntário, na medida em que possamos nos realizar pessoalmente, transformando nosso esforço em ação prazerosa, a consequência positiva em nossa saúde mental e física será fato certo, renovando nossas energias, fortalecendo nosso sistema imunológico e aumentando a vitalidade de maneira geral.
Na dedicação aos irmãos da família maior, poderemos aprender a lidar com situações em que ainda não conseguimos resolver em nossa família, trazendo a inspiração e força necessária auferida da Providência Divina.
Toda a ação que se faz no bem, traz-nos o bem que esta faz. Quando se realizam coisas com amor, o Universo conspira a nosso favor.
O trabalho voluntário, isto é, a dedicação de nosso tempo e esforço, da forma e no tempo que for e que tivermos possibilidade, é expressão da verdadeira caridade, aos olhos de Deus, com maior valor do que a caridade apenas material.
A dinâmica da aplicação das nossas capacidades em prol de quem necessite é terapia das mais eficientes que podemos aplicar em nós mesmos.
Oportunidades sempre temos, e teremos, de contribuir em qualquer círculo de ação voluntária. Serão caminhos que o Pai Maior ofertará, por todas as nossas existências.
Cabe a nós trilhá-los, em alguns momentos, e estes serão inesquecíveis.
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