7.5.13

Família: Uma Sólida Instituição


Livro dos Espíritos, questão 775: Qual seria para a sociedade o resultado do relaxamento dos laços de família? – Uma recrudescência do egoísmo.

A família foi uma das instituições mais importantes formada pelos homens. Com o passar dos anos, suas peculiaridades foram se transformando, devido à evolução alcançada pela humanidade, evolução essa característica da Lei Divina do Progresso.
Inicialmente, quando homens e mulheres agrupavam-se em bandos para garantir sua defesa pessoal, conforme Lei de Preservação, na era Paleolítica, agiam pelo instinto e multiplicavam-se pela procriação, sem preocupar-se com suas ligações em relação aos indivíduos do grupo. Essas uniões obedeciam aos costumes e respeitavam as Leis Divinas, sem, no entanto, estarem fundamentadas em sentimentos mais elevados como a abnegação, a fraternidade e o amor ao próximo.
Com o desenvolvimento da inteligência, o homem sentiu a necessidade de criar laços diferenciados em suas uniões, o que antigamente tinha a finalidade da procriação, passou a ganhar um outro sentido. O agrupamento familiar não foi somente direcionado ao casal que procriava, mas uma organização passou a ser respeitada por todos os descendentes desse par, reunidos na mesma casa, patriarcal ou matriarcal, conforme cultura desenvolvida em cada sociedade.
Essas novas organizações exigiam que os indivíduos que compunham os grupos familiares cultivassem entre si sentimentos de respeito, lealdade, proteção, atenção e como consequência do progresso moral, passaram a compartilhar sentimentos mais elevados de cuidado, carinho e amor. Sendo o amor desenvolvido intensamente entre aqueles que ocupavam os papéis de mães e filhos e depois, também, entre pais e filhos, irmãos, o próprio casal e assim por diante.
E como nada no Universo é estacionário, transcorrem anos e anos e com eles várias mudanças em relação à família podem ser facilmente identificadas.
Àquelas famílias enormes, aonde os filhos iam casando, mas permanecendo na morada de seus genitores, conduzidas pelo patriarca que ordenava e era rigorosamente respeitado, ou muitas vezes temido, foram se dissipando e dando lugar a agrupamentos familiares menores, formando núcleos. Hoje, o comum é casar e gerir a própria casa, é responsabilizar-se pelos descendentes.
Os modelos familiares também mudaram. As famílias constituídas por pai, mãe e filhos ainda se formam, mas não raro, existem núcleos constituídos por apenas mãe e filhos, pai e filhos, avós e netos, apenas o casal, que optou por não ter filhos ou formadas a partir de união homossexual.
Inúmeras circunstâncias podem contribuir para a formação desse novo quadro familiar. Podemos citar duas de larga abrangência: o livre-arbítrio e as vicissitudes características da vida corpórea. Independentemente das causas, não nos cabe saber e muito menos julgar.
Seja como for a forma, a família é bendito instrumento que Deus nos possibilitou para que possamos vencer as más tendências que ainda nutrimos, substituindo-as por sentimentos mais nobres de fraternidade, solidariedade e amor, que somente o convívio com o próximo pode nos proporcionar.
Na família aprendemos a dividir e a multiplicar, por que cultivamos o afeto pelos que compartilham conosco das alegrias, tristezas, dificuldades, dos sonhos. É no lar que iremos aprender o Amor Universal, para um dia, reconhecer o próximo como um integrante dessa grande família espiritual que todos pertencemos, como nos afirma Jesus: ”Um dia seremos um só rebanho e haverá um só Pastor”.
Contudo, na prática, a convivência em família não é tão fácil. Há muitas dificuldades, desentendimentos e muito a modificar em nós mesmos para tornar as relações familiares mais saudáveis.
Nos deparamos com seres que possuem outras vivências, com características singulares, com virtudes e más tendências, afetos ou desafetos que cultivamos em existências anteriores. E assim é que aprendemos a conviver com as diferenças, primeiramente com os indivíduos da própria família e posteriormente com as pessoas que compõem nosso círculo de amizades, de trabalho, enfim, no contexto social.
Sendo assim, todos os desafios da vida familiar são extremamente educativos para o espírito imortal, pois nascemos onde, quando e com quem precisávamos. Portanto temos sim que investir nosso melhor em nossa família e manifestar a fé dentro de casa, ao grupo que nos conhece e sabe quem somos, pois certamente temos muito a aprender e muito bem a fazer a esses espíritos.
Segundo Emmanuel, no livro Vida e Sexo, psicografado por Chico Xavier, “De todos os institutos existentes na Terra, a Família é o mais importante, do ponto de vista dos alicerces morais que regem a vida”.
Neste mês das mães, o DAFA – Departamento de Assuntos da Família, gostaria de deixar um grande abraço fraterno a todas as mães, pais, avós e demais familiares que contribuem nessa sublime tarefa de encaminhar seres, temporariamente a nós tutelados, no caminho do bem. Muita paz!

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