por Jerri Almeida
Trabalhador da Sociedade, escritor espírita e expositor
www.jerrialmeida.blogspot.com
Jesus Cristo |
Em seu discurso aos espíritas de Lyon e Bordeaux, constante na Viagem Espírita de 1862, Allan Kardec asseverava: “Coloco em primeira instância o consolo que é preciso oferecer aos que sofrem, erguer a coragem dos caídos, arrancar um homem de suas paixões, do desespero, do suicídio, detê-lo talvez no limiar do crime...” Essas colocações vão ao encontro dos objetivos da Sociedade Espírita, sobretudo no que tange aos elementos morais e psicológicos oferecidos pelo Espiritismo ao ser humano.
Entenda-se, portanto, que a Casa Espírita não é mais uma expressão dos tantos núcleos religiosos tradicionais espalhados pelo mundo. Nesse mesmo mundo onde os pensadores negativistas buscaram desconstruir todas as certezas do conhecimento sobre a existência da alma e Deus. O que isso significa, então? Significa, entre outras coisas, que apesar de nossas heranças culturais religiosas e da fragmentação dos valores atuais, as Instituições Espíritas representam verdadeiros núcleos de estudos renovadores dessa cultura reducionista e limitadora.
Allan Kardec |
Sem buscarmos uma classificação específica, desta ou daquela natureza, podemos considerar a Casa Espírita como uma instituição absolutamente inovadora, abrindo possibilidades para um novo paradigma ético, cultural e espiritual na atualidade.
Nesses 48 anos de plena atividade, a Sociedade Espírita Amor e Caridade soube cumprir, através de ingentes esforços de seus dirigentes e trabalhadores, sua orientação estatutária e doutrinária, fundamentadas nas obras de Allan Kardec. Ao longo desse tempo, muitas criaturas encontraram no labor de suas atividades, uma nova visão de vida para nutrir suas forças, muito mais profunda e confortadora.
O estudo sistematizado, lançado oficialmente no RS em 1978, pela Federação Espírita do RS, logo foi trazido para a Sociedade Espírita Amor e Caridade pelos valorosos trabalhadores: Nelcy Cordeiro, Reni e Neida Gomes que, desde o início, perceberam nele um admirável instrumento de educação espiritual e consciência espírita. Alargaram-se, ainda mais os horizontes de nossa querida Instituição, já há muito, dedicada ao notável trabalho de evangelização da infância.
Nos anos 80, coube ao engenheiro Floreal Sala, nas sextas à noite, desenvolver os estudos da Doutrina, oferecendo sempre valiosas reflexões com base nas Obras Básicas da Codificação kardequiana. Mas foi com o saudoso Miguel Ribas que desenvolvemos um olhar mais crítico sobre o potencial doutrinário contido nas Obras de Kardec. Seus encontros de estudos ensejavam o debate e estimulavam a reflexão e o gosto por novas pesquisas.
O dinamismo de O Livro dos Espíritos, e das demais Obras fundamentais, vem norteando a ação administrativa, operacional e filosófica de nossa Sociedade, imprimindo-lhe, por parte do Movimento Espírita da região, profundo respeito. Não poderia ser diferente, considerando-se que o imperativo do conhecimento é a base da fé racional.
O Espiritismo apresenta uma visão otimista e esperançosa da vida, nesses tempos de profundo desencanto e pessimismo, de violência e catástrofes naturais que exigem do ser humano, um olhar mais profundo e perquiridor. Das transformações pelas quais passa o planeta, surgem novas interrogações e exigências na definição do equilíbrio pessoal dos sujeitos encarnados.
A Sociedade Espírita, nesse contexto, possui grandes responsabilidades no oferecimento da Doutrina, nas bases em que no-la ofertou Allan Kardec. Caminhamos para o cinquentenário de nossas atividades, com a consciência da responsabilidade de nos mantermos, enquanto Instituição, fiéis à pedra angular do Espiritismo. É preciso, pois, preparar os trabalhadores dos novos tempos, com firmeza de conhecimentos tais, que lhes permitam o máximo de preparo pessoal para os novos desafios evolutivos.
Na medida em que o Espiritismo vem ganhando espaço nas diversas mídias, mas principalmente no cinema e na televisão, uma notável divulgação da Doutrina se faz junto à coletividade humana. Muitos buscarão uma Instituição Espírita no tentame de suavizar suas dores internas, de encontrarem respostas mais coerentes para seus conflitos familiares. Acorrem às Sociedades Espíritas, no verso dessa busca, milhares de criaturas desencarnadas, portadoras de múltiplos desajustes, também em busca de amparo para seus sofrimentos.
Tudo isso coloca, modestamente, nossa Instituição no patamar de grande responsabilidade perante seus dirigentes espirituais e de todos que a buscam. A obra de Kardec continua profundamente atual e, sob vários aspectos, quase intocada, apesar de transcorrido o tempo.
Resta-nos o agradecimento, tanto aos trabalhadores da primeira hora, os iniciadores dessa história, quanto aos demais que se somaram, com o tempo, a essa obra. Estes ofereceram sua dedicação, saúde, inteligência e esforços na profícua e ingente tarefa de semear as luzes da Veneranda Doutrina Espírita nos corações dos que passaram por essa Instituição, enfraquecidos pelas lutas do cotidiano, em busca de esclarecimento e consolo. Aos demais trabalhadores, herdeiros naturais das gerações passadas, fica o convite para amarmos nossa Sociedade, seguindo os passos de nossos antecessores, sempre mantendo fidelidade a Jesus e a Kardec
Parabenizamos esta Instituição,(Sociedade Espírita Amor e Caridade) que sempre nos recebeu tão carinhosamente, e fez , parte de nossa caminhada até os anos 2000, (Evangelização infantil, Jovem e ESDES) ano este que nos transferimos para Torres. Vibrações de Paz nestes 48 anos.
ResponderExcluirGilnei, Lilian, Ruan. (Teixeira)
Amados Irmãos,
ResponderExcluirainda não conhecia este espaço de encontros sagrados. Sempre que puder passarei por aqui.
Um abraço fraterno de luz
www.hospitalespiritual.blogspot.com