8.5.12

O amor incondicional


A maternidade, sem dúvida alguma, é a mais sublime missão que pode caber a uma mulher. Nosso ditado popular que diz: “Ser mãe é padecer no paraíso”, reflete a contraditória beleza dessa grande oportunidade com os sofrimentos que as abnegadas mães passam, em seu dia-a-dia. Qual mãe não ficou horas ou noites sem dormir velando pela melhora de seu filho enfermo? Na tenra idade, onde tão indefesos, sofrem fisicamente, sofremos mais ainda, com o coração. As preces mais fervorosas são destinadas a eles, amores da nossa vida. E, ao ver esses pequenos crescerem, a cada dia, passando por desafios de toda ordem: físicas, psicológicas, emocionais, espirituais, começamos a nos preocupar com outro desafio maior – as suas próprias más tendências. E aí o trabalho é maior e mais delicado. Cabe à sensibilidade feminina o papel de observar quais são essas tendências e qual solução tomar para cada uma delas. 

Os conflitos da mãe começam aí, quando ela tem que delegar tarefas (que ela mesma poderia fazer pois faria melhor e mais rápido) para o pequeno amado, como arrumar o quarto, lavar ou secar a louça, botar a roupa no varal, varrer, enfim, ensinar. Nos sentimos más, o sentimento de culpa bate a nossa porta, mas, sigamos firmes, pois, sabemos ser este o caminho. E, quando queremos saber com quem eles irão sair, o que vão fazer e a que horas voltam, somos tachadas de “mãe chata”, mas, não nos preocupemos, pois, mais chatas ficaremos quando quiserem sair e, no meio da noite, ligaremos muitas vezes para seus celulares, só para saber onde estão naquele momento e, como estão as suas vozes. A recompensa é esperar, acordadas ou não (o esforço é descomunal), para ver com os próprios olhos como estão os olhos deles ao retornarem para  casa e como estão seus amigos também. Exigir aquele beijinho na chegada é válido, pois, é a melhor maneira de sentir o cheirinho do hálito e da roupa, só para se certificar, de realmente está tudo em ordem.
O sacrifício continua, quando vão morar em outro lugar, já maduros, a prece não cessa, para que eles sempre tomem as melhores decisões, de acordo com tudo aquilo que ensinamos, juntamente com as palavras de Jesus. Alegria maior não há, quando examinamos a cada dia, mesmo sofrendo com as suas derrotas, que o aprendizado está se dando, e ele amadurecendo, para que, na hora certa, possa colher os frutos do que está plantando.
Mesmo depois do desenlace carnal, todas as mães abnegadas ainda continuam a zelar por sua prole que ficou no mundo terreno. Quantas pedem para poder auxiliá-los, mais de pertinho? O mesmo ocorre quando são eles que partem antes para o mundo espiritual. Ou seja, o amor que não pede nada em troca, esse imensurável amor, amor incondicional, que perdoa, que compreende, continua.
Muitos são os relatos de mães nas mesas mediúnicas, que não descansam, até que seus filhos transviados do caminho do bem despertem. Hermínio C. de Miranda nos oportuniza, através do seu livro “Diálogo com as Sombras”, algumas experiências interessantes de almas femininas desencarnadas. Uma delas nos revela o triste engano de uma mãe que descuida de sua nobre missão para preocupar-se únicamente por manter-se linda e jovem para sempre. Num mundo voltado para o “ter” em detrimento do “ser”, é bom que busquemos uma maior análise sobre a questão do verdadeiro valor das aparências. Afinal de contas, o que levaremos para o mundo espiritual é o peso de todas as nossas obras. Sejam elas cada vez melhores, então. 
Abraços a todas as mães, avós, responsáveis, cuidadoras e pais, que são mães também.  (Depto. da Infância e Juventude)

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